Escreve-se de vermelho mas diz-se de negro,
e a palidez do esboço, um mascarar convicto de um sentimento dividido.
Olhares chocantes e mordeduras no lábio, retinas desamparadas e desmisitificadas pela temperatura de um crescente cardíaco lacónico e pesado.
E é o mais pequenos dos póros, subdividido entre o lábio superior e a eternidade dos construtores de prazer, que desperta o pingo último daquele suor que lembra um outro final de tarde de Agosto.
Efectivou-se o entrelaçar dos bocadinhos de mim, de ti, e de tudo e todos que trazemos connosco, naquela réstia de palmatória que já deixámos de ter.
Se contruímos juntos um sorriso que, nesse segundo, quisémos que não deixasse nunca de se perpétuar, a vontade tácita com que me chamas "amour" no meio de mil pessoas esfumou-se no sentido ultimo do fim da linha. O vagar da noite encobre o mais subtil dos sarcasmos e difunde a minha maior hamonia do sentir.