Horas Mortas

Desmedidas proporções de precipitações desleais vagueiam aos caídos na réstia de oportunidades verdadeiras. O tempo mostra-se alojado em quatro espaços de refinada solidez, maquiavélica percepção do derradeiro queimar da cinza latente, expoente daquele espaço.
Susurros aconchegados na palidez da nossa aproximação, tremeliques que soam a um "Dejá vu" despido de insensatez: o pensamento proeminente daquele momento ímpar ecooa e revibra nas chegadas paredes do nosso único coração.

Não escondo nem minto, o redesenho das horas mortas pinta-se aqui, e escreve-se nas linhas curvas dos sentimetos inóquos que não desejamos oferecer como hipótese.

Ressaltos

Braseiro fumegante de vontades livres,
Rastreios de curiosidades sublinhadas
E aceso combate contra a banalidade deformada de uma conversa de café.
Quero ser um radical livre,
Emergente
Na combustão orgânica do teu sentimento.
A cibernética loucura desse ser:

Revelação dum oblívio passeio de aptidões taciturnas.
Revelação de devaneios comuns. Revelação de tudo isto. De tudo aquilo. Revelação de proporções de algo mais.

Gemidos e inevitáveis lamúrias afrodisíacas.
Aguçadores cenários de irrequietas monotonias, simbologias, telepatias, diversões. Desconcertante harmonia de danças e imagéticas. Problemáticas dum senso par.

Sussurro na tua proximidade banalidades consentidas de sumarentos sentimentos e vontades.
Apraz-me a minha verdade e fragilidade redutora na perfeição desconcertante dos teus póros.